Descrição
Nazarena
A mulher nazarena é caracterizada por ser uma mulher muito forte, muito trabalhadora e extremamente dedicada à sua família e à terra que a viu nascer.
Desde muito cedo aprendeu a estar sozinha em terra, sendo que o homem saia para a labuta do mar, habitando-se a resolver todo o tipo de desafios, quer da vida familiar, quer da vida social, tendo ainda tempo para ir à praia esperar pelo seu homem e conviver com as outras mulheres. Assim é no areal, com as sua sete saias a baixo do joelho, que representam as 7 cores do arco-íris, 7 dias da semana, 7 ondas do mar, e um avental muito pouco bordado que a mulher da nazaré se agasalhava na praia a espera pelo seu marido que estava na faina do mar. E com a sua tradicional capa preta envolvia os seus filhos, ou chorava escondida as suas perdas de familiares que o mar levou.
No meio de toda esta azáfama tem ainda tempo para viver ativamente os períodos de festas que anualmente vão acontecendo na Nazaré. É, sobretudo nesses dias que se prepara como ninguém para sair à rua e exibir os seus ricos trajes, mantendo as suas sete saias, mas agora com um avental ricamente bordado e uma blusa muito colorida, com mangas em balão e rendas muito vistosas.
Ao longo dos anos o traje foi-se modificando, mas nunca largou as suas raízes e tradições.
Pescador
O homem da Nazaré é um homem do mar, o conforto e o agasalho são as duas grandes características do seu traje.
Os tecidos mais comuns para a camisa e ceroilas do pescador é o escocês, um tecido quente e confortável. No traje de trabalho as ceroilas eram pregueadas e largas, com atilhos de lã na bainha, para poderem usa-las soltas ou arregaçadas.
Na camisa do pescador, usavam-se pregas e botões de madre perola, apenas por decoração. No entanto o traje do pescador também tem um pormenor interessante, o seu barrete de lã, para além de servir de agasalho é nele que o homem da Nazaré guarda o tabaco e o dinheiro quando vai para a faina do mar.
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